terça-feira, 26 de outubro de 2010

O Modernismo no Brasil

A seguir iremos entender um pouco mais sobre o modernismo.Só que agora sobre o modernismo no Brasil!

O modernismo brasileiro foi um amplo movimento cultural que repercutiu fortemente sobre a cena artística e a sociedade brasileira na primeira metade do século XX, sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas.

Comparado a outros movimentos modernistas, o brasileiro foi desencadeado tardiamente, na década de 1920. Este foi resultado, em grande parte, da assimilação de tendências culturais e artísticas lançadas pelas vanguardas europeias no período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial, tendo como exemplo do Cubismo e do Futurismo, refletindo, então, na procura da abolição de todas as regras anteriores e a procura da novidade e da velocidade. Contudo, pode-se dizer que a assimilação dessas ideias europeias deu-se de forma seletiva, rearranjando elementos artísticos de modo a ajustá-los às singularidades culturais brasileiras.

Considera-se a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em 1922, como ponto de partida do modernismo no Brasil. Porém, nem todos os participantes desse evento eram modernistas: Graça Aranha, um pré-modernista, por exemplo, foi um dos oradores. Não sendo dominante desde o início, o modernismo, com o tempo, suplantou os anteriores. Foi marcado, sobretudo, pela liberdade de estilo e aproximação com a linguagem falada, sendo os da primeira fase mais radicais em relação a esse marco.

Didaticamente, divide-se o Modernismo em três fases: a primeira fase, mais radical e fortemente oposta a tudo que foi anterior, cheia de irreverência e escândalo; uma segunda mais amena, que formou grandes romancistas e poetas; e uma terceira, também chamada Pós-Modernismo por vários autores, que se opunha de certo modo a primeira e era por isso ridicularizada com o apelido de neoparnasianismo.

sábado, 23 de outubro de 2010

Concluindo...

Cada Geração Literária é marcada por características distintas.
Enquanto o parnasianismo de Bilac foi marcado por seu sentimentalismo ao falar de seu amor impossível, o Modernismo de Fernando Pessoa trazia versos simples, mais populares.
Os dois poetas, como tantos outros, fizeram parte de escolas literárias em séculos diferentes, portanto, a forma como cada um escrevia é bem diferenciada. Ainda assim ambos têm incomum a capacidade de pertencer a um determinado movimento literário, sem contudo deixar de expor suas próprias características na escrita, como na personalidade.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Navegar é Preciso (Fernando Pessoa) vs. Deixa o Olhar do Mundo (Olavo Bilac)


Navegar é Preciso

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:

"Navegar é preciso; viver não é preciso".

Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.

É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.




Deixa o Olhar do Mundo

Deixa que o olhar do mundo enfim devasse
Teu grande amor que é teu maior segredo!
Que terias perdido se, mais cedo,
Todo o afeto que sentes se mostrasse?
Basta de enganos!
Mostra-me sem medo
Aos homens, afrontando-os face a face:
Quero que os homens todos, quando eu passe,
Invejosos, apontem-me com o dedo.
Olha: não posso mais!
Ando tão cheio
Deste amor, que minh'alma se consome
De te exaltar aos olhos do universo...
Ouço em tudo teu nome, em tudo o leio:
E, fatigado de calar teu nome,
Quase o revelo no final de um verso.


Enquanto na poesia de Fernando Pessoa nota-se os seus desejos e conclusões a respeito da vida, na poesia de Olavo Bilac percebe-se o amor não correspondido, assim, podemos concluir que os assuntos abortados são bem distintos, entretanto, pode-se perceber a nostalgia na obra de ambos.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Eu - Fernando Pessoa

SOU LOUCO e tenho por memória

Uma longínqua e infiel lembrança

De qualquer dita transitória

Que sonhei ter quando criança.

Depois, malograda trajetória

Do meu destino sem esperança,

Perdi, na névoa da noite inglória,

O saber e o ousar da aliança.

Só guardo como um anel pobre

Que a todo herdeiro só faz rico

Um frio perdido que me cobre

Como um céu dossel de mendigo,

Na curva inútil em que fico

Da estrada certa que não sigo.


Podemos perceber nesta poesia o tema "EU", como o próprio título já menciona. Tema este que era muito tratado nas poesias do autor, enquanto Bilac, retratava em sua poesia o "Amor não correspondido".

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O principal poeta do Modernismo em Portugal



Fernando António Nogueira Pessoa nascido em Lisboa no ano de 1888, mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português.

É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões.

Sua poesia caracteriza-se estilisticamente pela simplicidade formal, rimas externas e internas, redondilha maior (gosto pelo popular) que dá uma ideia de simplicidade e espontaneidade, sendo presente em seus versos a sensibilidade musical.

Já nas características sentimentais, destacam-se a dor de pensar, angústia existencial, nostalgia, desilusão, visão negativa do mundo e da vida, solidão interior, sempre retratando o "EU", inclusive criando novos "eu", os chamados heterônimos.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Características da Poesia Modernista Portuguesa

Os modernistas portugueses tiraram proveito da herança simbolista, sem renegá-la totalmente. Assim, o saudosismo ganhou força entre os membros da "geração de Orpheu". Ao mesmo tempo em que a absorção das conquistas futuristas que tomavam conta da Europa inteira, como a apologia da máquina e do progresso urbano, conduziram o movimento à vanguarda.

Assim, o que se destaca, na poesia, como na prosa do modernismo português em sua primeira fase é a forma de elaboração entre tradição e novo. Com isso, retomavam-se formas e temas arcaicos, enquadrando-os dentro de propostas modernistas.

Ressalte-se ainda o caráter místico do Modernismo lusitano, patente em algumas posturas, pessoais e estéticas, de seu maior representante, Fernando Pessoa.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O Modernismo em Portugal e seu contexto histórico

O Modernismo em Portugal desenvolveu-se aproximadamente do início do século XX até o final do Estado Novo, na década de 1970.

No início do século XX, em Portugal, a produção literária era ainda profundamente marcada pelo classicismo racionalista e naturalista, em manifestações apáticas e decadentes, que evidenciavam forte resistência à inovação.

A partir de certo momento, grupos de intelectuais portugueses organizaram-se em círculos de contestação da velha ordem e iniciaram-se em estratégias de provocação e na resposta, por vezes bruscas, às formas políticas e culturais conservadoras e reacionárias à modernidade. É o modernismo, enquanto movimento estético e literário de ruptura com a apatia intelectual, que começa em Portugal em uníssono com a arte e a literatura mais avançadas da Europa, sem prejuízo, todavia, da originalidade nacional.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Alphonsus de Guimaraens - Poeta Simbolista

Alphonsus de Guimaraens


A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente mística e envolvida com religiosidade católica. Seus sonetos apresentam uma estrutura clássica, e são profundamente religiosos e sensíveis na medida em que ele explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inaptação ao mundo.

Contudo, o tom místico imprime em sua obra um sentimento de aceitação e resignação diante da própria vida, dos sofrimentos e dores. Outra característica marcante de sua obra é a utilização da espiritualidade em relação à figura feminina que é considerada um anjo, ou um ser celestial, por isso, Alphonsus de Guimaraens é neo-romântico e simbolista ao mesmo tempo, já que essas duas escolas possuem características semelhantes.

Sua obra, predominantemente poética, consagrou-o como um dos principais autores simbolistas do Brasil. Em referência à cidade em que passou parte de sua vida, é também chamado de "o solitário de Mariana", a sua "torre de marfim do Simbolismo".

Sua poesia é quase toda voltada para o tema da Morte da Mulher amada. Embora preferisse o verso decassílabo, chegou a explorar outras métricas, particularmente a redondilha maior (terminado em sete sílabas métricas).

Filho de Albino da Costa Guimarães, comerciante português, e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, sobrinho do poeta Bernardo de Guimarães.

Guimaraens Matriculou-se em 1887 no curso de engenharia. Um fato marcante em sua vida foi a perda prematura da prima e noiva Constança, e a morte da moça abalou-o moralmente e fisicamente.

Foi, em 1891, para São Paulo, onde matricula-se no curso de Direito da Faculdade do Largo São Francisco, voltou a Minas Gerais e formou-se em direito em 1894, na recém inaugurada Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, que na época funcionava em Ouro Preto. Em São Paulo, colaborou na imprensa e freqüentou a Vila Kyrial, de José de Freitas Vale, onde se reuniam os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu Cruz e Souza, poeta do qual já admirava e tornou-se amigo pessoal. Também foi juiz substituto e promotor em Conceição do Serro (MG). No ano de 1897, casa-se com Zenaide de Oliveira. Posteriormente, no ano de 1899, estreou na literatura com dois volumes de versos: Septenário das dores de Nossa Senhora e Câmara Ardente, e Dona Mística; ambos de nítida inspiração simbolista.

Em 1900 passou a exercer a função de jornalista colaborando em "A Gazeta", de São Paulo. Em 1902 publicou Kyriale, sob o pseudônimo de Alphonsus de Guimaraens; esta obra o projetou no universo literário, obtendo assim um reconhecimento, ainda que restrito de alguns raros críticos e amigos mais próximos. Em 1903, os cargos de juizes-substituto foram suprimidos pelo governo do estado, consequentemente Alphonsus perdeu também seu cargo de Juiz, fato que o levou a graves dificuldades financeiras.

Após recusar um posto de destaque no jornal A Gazeta, Alphonsus foi nomeado para a direção do jornal político Conceição do Serro, onde também colaboraria seu irmão o poeta Archangelus de Guimaraens , Cruz e Souza e José Severino de Resende. Em 1906, tornou-se Juiz Municipal de Mariana (do de sua esposa Zenaide de Oliveira, com quem teve 15 filhos, dois dos quais também escritores: João Alphonsus e Alphonsus Guimaraens Filho.

Devido ao período que viveu em Mariana, ficou conhecido como "O Solitário de Mariana", apesar de ter vivido lá com a mulher e com seus 15 filhos. O apelido foi dado a ele devido ao estado de isolamento completo em que viveu. Sua vida, nessa época, passou a ser dedicada basicamente às atividades de juiz e à elaboração de sua obra poética.

Principais Obras de Alphonsus Guimaraens: Setenário das Dores de Nossa Senhora, Câmara Ardente, Dona Mística, Kyriale, Mendigos,Ismália".


Grupo Simbolismo'

Poesia Ismália - Simbolismo


Quando Ismália enlouqueceu
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu;
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

Autor: Alphonsus de Guimarães


Grupo Simbolismo'



Subjetivismo e angústia - Simbolismo


Neste contexto, o autor mais expressivo chama-se Cruz e Souza: são de sua autoria as obras que melhor representam o cenário político e social brasileiro desta época. Além disso, atribui-se a este escritor o início do Simbolismo no Brasil, com a publicação, em 1893, de "Missal" (prosa) e "Broquéis" (poesia).

Cruz e Souza defende uma estética simbolista apoiada no subjetivismo e na angústia, inicialmente voltada para as agruras vivenciadas pelos negros (possivelmente pela sua carga identitária, uma vez que era filho de escravos) e, posteriormente, fundamentada nos sofrimentos universais.

Outro expoente desta vertente literária é
Alphonsus de Guimaraens (ele utilizava poeticamente a forma latinizada de seu nome). O amor, a morte e a religiosidade formam a tríade temática privilegiada por este autor, também possivelmente compreendida pelas suas experiências particulares, assinaladas pela morte de sua noiva Constança.

Alphonsus de Guimaraens acolhe esses temas em sua obra sob um misticismo evidente, que o faz ser reconhecido até hoje como um dos mais místicos (senão "o mais místico") dos poetas brasileiros.

Tanto Cruz e Souza como Alphonsus de Guimaraens incorporam a estética simbolista na literatura brasileira e, apesar de suas obras inscreverem-se em campos de ação bastante particulares para um e outro, ambos inserem-se no contexto de tratamento de uma escrita harmonizada com os fenômenos existenciais da natureza humana.

(Postagem que deveria ser publicada ontem porem o blog estava dando erro na hora de finalizar a publicação, desculpem-nos o transtorno!)

Grupo Simbolismo'

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Biografia Simbolismo


O Simbolismo é uma tendência literária, da poesia e outras artes que surgiu na França, no final do século XIX, como oposição ao Realismo, ao Naturalismo e ao Positivismo da época.
Histórico e características
A partir de 1881, na França, poetas, pintores, dramaturgos e escritores em geral, influenciados pelo misticismo advindo do grande intercâmbio com as artes, pensamento e religiões orientais - procuram refletir em suas produções a atmosfera presente nas viagens a que se dedicavam.
Marcadamente individualista e místico, foi com desdém apelidado de "decadentismo" - clara alusão à decadência dos valores estéticos então vigentes e a uma certa afetação que neles deixava a sua marca. Em 1886 um manifesto trouxe a denominação que viria marcar definitivamente os adeptos desta corrente: simbolismo.
Principais características
Subjetivismo
Os simbolistas terão maior interesse pelo particular e individual do que pela visão mais geral. A visão objetiva da realidade não desperta mais interesse, e sim está focalizada sob o ponto de vista de um único indivíduo. Dessa forma, é uma poesia que se opõe à poética parnasiana e se reaproxima da estética romântica, porém mais do que voltar-se para o coração, os simbolistas procuram o mais profundo do "eu", buscam o inconsciente, o sonho.
Musicalidade
A musicalidade é uma das características mais destacadas da estética simbolista, segundo o ensinamento de um dos mestres do simbolismo francês, Paul Verlaine, que em seu poema "Art Poétique", afirma: "De la musique avant toute chose..." (" A música antes de mais nada...") Para conseguir aproximação da poesia com a música, os simbolistas lançaram mão de alguns recursos, como por exemplo a aliteração, que consiste na repetição sistemática de um mesmo fonema consonantal, e a assonância, caracterizada pela repetição de fonemas vocálicos.
Transcendentalismo
Um dos princípios básicos dos simbolistas era sugerir através das palavras sem nomear objetivamente os elementos da realidade. Ênfase no imaginário e na fantasia. Para interpretar a realidade, os simbolistas se valem da intuição e não da razão ou da lógica. Preferem o vago, o indefinido ou impreciso. O fato de preferirem as palavras névoa, neblina, e palavras do genêro, transmite a idéia de uma Obsessão pelo branco (outra característica do simbolismo) como podemos observar no poema de Cruz e Sousa:
"Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras..." [...]
Dado esse poema de Cruz e Sousa, percebe-se claramente uma obsessão pelo branco, sendo relatado com grande constância no simbolismo.
Literatura do simbolismo
Os temas são místicos, espirituais, ocultos. Abusa-se da sinestesia, sensação produzida pela interpenetração de órgãos sensoriais: "cheiro doce" ou "grito vermelho", das aliterações (repetição de letras ou sílabas numa mesma oração: "Na messe que estremece") e das assonâncias, repetição fônica das vogais: repetição da vogal "e" no mesmo exemplo de aliteração, tornando os textos poéticos simbolistas profundamente musicais.
O Simbolismo em Portugal liga-se às atividades das revistas Os Insubmissos e Boêmia Nova, fundadas por estudantes de Coimbra, entre eles Eugênio de Castro, que ao publicar um volume de versos intitulado Oaristos, instaurou essa nova estética em Portugal. Contudo, o consolidador estará, a esse tempo, residindo verdadeiramente no Oriente - trata-se do poeta Camilo Pessanha, venerado pelos jovens poetas que irão constituir a chamada Geração Orpheu.O movimento simbolista durou aproximadamente até 1915, altura em que se iniciou o Modernismo.
Escritores simbolistas
Pode-se dizer que o precursor do movimento, na França, foi o poeta francês Charles Baudelaire com "As Flores do Mal", ainda em 1857.
Mas só em 1881 a nova manifestação é rotulada, com o nome decadentismo, substituído por Simbolismo em manifesto publicado em 1886. Espalhando-se pela Europa, é na França, porém, que tem seus expoentes, como Paul Verlaine, Arthur Rimbaud e Stéphane Mallarmé.
Portugal
Os nomes de maior destaque no Simbolismo português são: Camilo Pessanha, António Nobre, Eugénio de Castro e Cesário Verde
Brasil
No Brasil, dois grandes poetas destacaram-se dentro do movimento simbolista: Cruz e Sousa, e Alphonsus de Guimaraens. No primeiro, a angústia de sua condição, reflete-se no comentário de Manuel Bandeira: "Não há (na literatura brasileira) gritos mais dilacerantes, suspiros mais profundos do que os seus".
São também escritores que merecem atenção: Raul de Leoni, Emiliano Perneta, Da Costa e Silva, Dário Veloso, Arthur de Salles, Ernãni Rosas, Petion de Villar, Marcelo Gama, Maranhão Sobrinho, Saturnino de Meireles, Pedro Kikerry, Alceu Wamosy, Eduardo Guimarães, Gilka Machado e Onestaldo de Penafort.

Grupo Simbolismo'

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Origem do Simbolismo


O
Simbolismo constitui-se na Europa, especialmente na França e na Bélgica, nas últimas duas décadas do século 19, como um movimento literário em reação ao Naturalismo e ao Realismo. Isto porque os simbolistas irão reivindicar uma expressão que privilegie os estados da alma e das subjetividades humanas, contra uma lógica materialista e científica até então fortemente realçada pelo Positivismo.

No Brasil, o
Simbolismo surge num período marcado por conflitos políticos e sociais. O país encontra-se em plena transição do regime escravocrata para o assalariado. A virada do século traz expectativas por um "novo mundo", mas ainda são muitas as frustrações e angústias de um país em que não se atingiu a consolidação dos ideais republicanos.

Apesar da Proclamação da República, em 1889, os brasileiros viam-se ainda imersos num mundo de práticas sociais excludentes, onde inexistem valores como a cidadania e os direitos que dela advêm. Assim, o
Simbolismo literário brasileiro ganha matizes muito particulares, acentuados por escritores que se ocuparam em defender as causas das liberdades civis.

Grupo Simbolismo'