
quarta-feira, 31 de março de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
segunda-feira, 29 de março de 2010

Olavo Bilac-Poeta
sábado, 27 de março de 2010
Poesia Infatil

sexta-feira, 26 de março de 2010
Esclarecendo Dúvidas sobre o Projeto
Ao Coração Que Sofre - Olavo Bilac
Um Beijo - Olavo Bilac
Primavera - Olavo Bilac

Inda nos comovesse! Ah! quem nos dera
Que inda juntos pudéssemos agora
Ver o desabrochar da primavera!
Saíamos com os pássaros e a aurora.
E, no chão, sobre os troncos cheios de hera,
Sentavas-te sorrindo, de hora em hora:
"Beijemo-nos! amemo-nos! espera!"
E esse corpo de rosa recendia,
E aos meus beijos de fogo palpitava,
Alquebrado de amor e de cansaço.
A alma da terra gorjeava e ria...
Nascia a primavera... E eu te levava,
Primavera de carne, pelo braço!
quarta-feira, 24 de março de 2010
Parnasianismo - Escola Literária

As características do Parnasianismo são completamente opostas às realistas-naturalistas. Vejamos:

O Parnasianismo tem seu marco inicial com a publicação de “Fanfarras” de Teófilo Dias, em 1882. Contudo, Alberto de Oliveira, Olavo Bilac e Raimundo Correia também auxiliaram a implantação do Parnasianismo no Brasil.
A estética parnasiana, originada na França, valorizava a perfeição formal, o rigor das regras clássicas na criação dos poemas, a preferência pelas formas fixas (sonetos), a apreciação da rima e métrica, a descrição minuciosa, a sensualidade, a mitologia greco-romana. Além disso, a doutrina da “arte pela arte” esteve presente nos poemas parnasianos: alienação e descompromisso quanto à realidade.
Contudo, os parnasianos brasileiros não seguiram todos os acordos propostos pelos franceses, pois muitos poemas apresentam subjetividade e preferência por temas voltados à realidade brasileira, contrariando outra característica do parnasianismo francês: o universalismo.
Os temas universais, vangloriados pelos franceses, se opunham ao individualismo romântico, que revelava aspectos pessoais, desejos, aflições e sentimentos do autor.
Outra característica que o Parnasianismo brasileiro não seguiu à risca foi a visão mais carnal do amor em relação à espiritual. Olavo Bilac, principalmente, enfatizou o amor sensual, entretanto, sem vulgarizá-lo.
No Brasil, os principais autores parnasianos são: Olavo Bilac e Raimundo Correia.
sábado, 20 de março de 2010
Olavo Bilac - Biografia

Filho de Brás Martins dos Guimarães Bilac e de Delfina Belmira dos Guimarães Bilac era considerado um aluno aplicado, conseguindo, aos 15 anos - antes, portanto, de completar a idade exigida - autorização especial de ingressar no curso de Medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, a gosto do pai, que era médico da então Guerra do Paraguai a contra gosto próprio.
Começou a frequentar as aulas, mas seu trabalho na redação da Gazeta Acadêmica absorveu-o mais do que a sisuda anatomia. Do mesmo modo, no tempo de colégio, deliciara-se com as viagens que os livros de Júlio Verne lhe ofereciam à fantasia. No menino e no jovem já se manifestavam as marcas de sua paixão futura: o fascínio poder criador da palavra. Há relatos que contam que Olavo Bilac não concluiu seu curso de Medicina devido a sua necrofilia. Bilac segundo algumas fontes, as quais tentam ser abafadas, tinha relações sexuais com os cadáveres de sua faculdade.
Bilac não concluiu os cursos de Medicina e Direito, que frequentou posteriormente, em São Paulo. Foi jornalista, poeta, frequentador de rodas de boêmias e literárias do Rio de Janeiro. Sua projeção como jornalista e poeta e seu contato com intelectuais e políticos da época conduziram-no a um cargo público: o de inspetor escolar.
Sua estreia como poeta, nos jornais cariocas, ocorreu com a publicação do soneto “Sesta de Nero” no jornal Gazeta de Notícias, em agosto de 1884. Recebeu comentários elogiosos de Artur Azevedo, precedendo dois outros sonetos seus, no Diário de Notícias. No ano de 1897, Bilac acabou perdendo o controle do seu Serpollet e o bateu contra uma árvore na Estrada da Tijuca, no Rio de Janeiro, sendo o primeiro motorista a sofrer um acidente automobilístico no Brasil.
Aos poucos profissionalizou-se: produziu, além de poemas, textos publicitários, crônicas, livros escolares e poesias satíricas. Visa contar através de seus manuscritos a realidade presente na sua época. Em 1891, com a dissolução do parlamento e a posse de Floriano Peixoto, intelectuais perderam seu protetor, Dr. Portela, ligado com o primeiro presidente republicano Deodoro da Fonseca. Fundado O Combate, órgão antiflorianista e a instalação do estado de sítio, Bilac é preso e passa quatro meses detido na Fortaleza da Laje no Rio de Janeiro.
O grande amor de Bilac foi Amélia de Oliveira, irmã do poeta Alberto de Oliveira. Chegaram a ficar noivos, mas o compromisso foi desfeito por oposição de outro irmão da noiva, desconfiado de que o poeta era um homem sem futuro. Seu segundo noivado fora ainda menos duradouro, com Maria Selika, filha do violonista Francisco Pereira da Costa. Viveu só sem constituir família até o fim de seus dias.
Mas, como lendas e mitos amorosos cercam a história de todos os poetas, consta que Amélia se manteve fiel a ele por toda vida, não se casando e depositando romanticamente uma mecha de seus cabelos no caixão do poeta.
Como não tivera herdeiros, preferiu educar várias gerações de brasileiros escrevendo diversos livros escolares, ora sozinho, ora com Coelho Neto ou com Manuel Bonfim.