
Apenas nos restam os aplausos, a cada vitória que conseguimos juntos.
Blog desativado.
Mais uma vez chega ao fim
Mais um ano se acaba
Conosco palavras na mente
E sentimentos na alma.
Vamos levando saudades
E a espera de um novo encontro
Não diremos adeus
E sim, até logo!
Lágrimas cairão dos nossos olhos
E sorrisos brilharão em nossos lábios.
A poder do destino nos uniu
E ele, aqui nos trará de volta
Só não podemos nos esquecer
Que faz-se necessária uma despedida
Para que haja um reencontro...
A seguir iremos entender um pouco mais sobre o modernismo.Só que agora sobre o modernismo no Brasil!
O modernismo brasileiro foi um amplo movimento cultural que repercutiu fortemente sobre a cena artística e a sociedade brasileira na primeira metade do século XX, sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas.
Comparado a outros movimentos modernistas, o brasileiro foi desencadeado tardiamente, na década de 1920. Este foi resultado, em grande parte, da assimilação de tendências culturais e artísticas lançadas pelas vanguardas europeias no período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial, tendo como exemplo do Cubismo e do Futurismo, refletindo, então, na procura da abolição de todas as regras anteriores e a procura da novidade e da velocidade. Contudo, pode-se dizer que a assimilação dessas ideias europeias deu-se de forma seletiva, rearranjando elementos artísticos de modo a ajustá-los às singularidades culturais brasileiras.
Considera-se a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em 1922, como ponto de partida do modernismo no Brasil. Porém, nem todos os participantes desse evento eram modernistas: Graça Aranha, um pré-modernista, por exemplo, foi um dos oradores. Não sendo dominante desde o início, o modernismo, com o tempo, suplantou os anteriores. Foi marcado, sobretudo, pela liberdade de estilo e aproximação com a linguagem falada, sendo os da primeira fase mais radicais em relação a esse marco.
Didaticamente, divide-se o Modernismo em três fases: a primeira fase, mais radical e fortemente oposta a tudo que foi anterior, cheia de irreverência e escândalo; uma segunda mais amena, que formou grandes romancistas e poetas; e uma terceira, também chamada Pós-Modernismo por vários autores, que se opunha de certo modo a primeira e era por isso ridicularizada com o apelido de neoparnasianismo.
Navegar é Preciso
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
Deixa o Olhar do Mundo
Deixa que o olhar do mundo enfim devasse
Teu grande amor que é teu maior segredo!
Que terias perdido se, mais cedo,
Todo o afeto que sentes se mostrasse?
Basta de enganos!
Mostra-me sem medo
Aos homens, afrontando-os face a face:
Quero que os homens todos, quando eu passe,
Invejosos, apontem-me com o dedo.
Olha: não posso mais!
Ando tão cheio
Deste amor, que minh'alma se consome
De te exaltar aos olhos do universo...
Ouço em tudo teu nome, em tudo o leio:
E, fatigado de calar teu nome,
Quase o revelo no final de um verso.
Enquanto na poesia de Fernando Pessoa nota-se os seus desejos e conclusões a respeito da vida, na poesia de Olavo Bilac percebe-se o amor não correspondido, assim, podemos concluir que os assuntos abortados são bem distintos, entretanto, pode-se perceber a nostalgia na obra de ambos.
Fernando António Nogueira Pessoa nascido em Lisboa no ano de 1888, mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português.
É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões.
Sua poesia caracteriza-se estilisticamente pela simplicidade formal, rimas externas e internas, redondilha maior (gosto pelo popular) que dá uma ideia de simplicidade e espontaneidade, sendo presente em seus versos a sensibilidade musical.
Já nas características sentimentais, destacam-se a dor de pensar, angústia existencial, nostalgia, desilusão, visão negativa do mundo e da vida, solidão interior, sempre retratando o "EU", inclusive criando novos "eu", os chamados heterônimos.
Os modernistas portugueses tiraram proveito da herança simbolista, sem renegá-la totalmente. Assim, o saudosismo ganhou força entre os membros da "geração de Orpheu". Ao mesmo tempo em que a absorção das conquistas futuristas que tomavam conta da Europa inteira, como a apologia da máquina e do progresso urbano, conduziram o movimento à vanguarda.
Assim, o que se destaca, na poesia, como na prosa do modernismo português em sua primeira fase é a forma de elaboração entre tradição e novo. Com isso, retomavam-se formas e temas arcaicos, enquadrando-os dentro de propostas modernistas.
Ressalte-se ainda o caráter místico do Modernismo lusitano, patente em algumas posturas, pessoais e estéticas, de seu maior representante, Fernando Pessoa.
O Modernismo em Portugal desenvolveu-se aproximadamente do início do século XX até o final do Estado Novo, na década de 1970.
No início do século XX, em Portugal, a produção literária era ainda profundamente marcada pelo classicismo racionalista e naturalista, em manifestações apáticas e decadentes, que evidenciavam forte resistência à inovação.
A partir de certo momento, grupos de intelectuais portugueses organizaram-se em círculos de contestação da velha ordem e iniciaram-se em estratégias de provocação e na resposta, por vezes bruscas, às formas políticas e culturais conservadoras e reacionárias à modernidade. É o modernismo, enquanto movimento estético e literário de ruptura com a apatia intelectual, que começa em Portugal em uníssono com a arte e a literatura mais avançadas da Europa, sem prejuízo, todavia, da originalidade nacional.
A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente mística e envolvida com religiosidade católica. Seus sonetos apresentam uma estrutura clássica, e são profundamente religiosos e sensíveis na medida em que ele explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inaptação ao mundo.
Contudo, o tom místico imprime em sua obra um sentimento de aceitação e resignação diante da própria vida, dos sofrimentos e dores. Outra característica marcante de sua obra é a utilização da espiritualidade em relação à figura feminina que é considerada um anjo, ou um ser celestial, por isso, Alphonsus de Guimaraens é neo-romântico e simbolista ao mesmo tempo, já que essas duas escolas possuem características semelhantes.
Sua obra, predominantemente poética, consagrou-o como um dos principais autores simbolistas do Brasil. Em referência à cidade em que passou parte de sua vida, é também chamado de "o solitário de Mariana", a sua "torre de marfim do Simbolismo".
Sua poesia é quase toda voltada para o tema da Morte da Mulher amada. Embora preferisse o verso decassílabo, chegou a explorar outras métricas, particularmente a redondilha maior (terminado em sete sílabas métricas).
Filho de Albino da Costa Guimarães, comerciante português, e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, sobrinho do poeta Bernardo de Guimarães.
Guimaraens Matriculou-se em 1887 no curso de engenharia. Um fato marcante em sua vida foi a perda prematura da prima e noiva Constança, e a morte da moça abalou-o moralmente e fisicamente.
Foi, em 1891, para São Paulo, onde matricula-se no curso de Direito da Faculdade do Largo São Francisco, voltou a Minas Gerais e formou-se em direito em 1894, na recém inaugurada Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, que na época funcionava em Ouro Preto. Em São Paulo, colaborou na imprensa e freqüentou a Vila Kyrial, de José de Freitas Vale, onde se reuniam os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu Cruz e Souza, poeta do qual já admirava e tornou-se amigo pessoal. Também foi juiz substituto e promotor em Conceição do Serro (MG). No ano de 1897, casa-se com Zenaide de Oliveira. Posteriormente, no ano de 1899, estreou na literatura com dois volumes de versos: Septenário das dores de Nossa Senhora e Câmara Ardente, e Dona Mística; ambos de nítida inspiração simbolista.
Em 1900 passou a exercer a função de jornalista colaborando em "A Gazeta", de São Paulo. Em 1902 publicou Kyriale, sob o pseudônimo de Alphonsus de Guimaraens; esta obra o projetou no universo literário, obtendo assim um reconhecimento, ainda que restrito de alguns raros críticos e amigos mais próximos. Em 1903, os cargos de juizes-substituto foram suprimidos pelo governo do estado, consequentemente Alphonsus perdeu também seu cargo de Juiz, fato que o levou a graves dificuldades financeiras.
Após recusar um posto de destaque no jornal A Gazeta, Alphonsus foi nomeado para a direção do jornal político Conceição do Serro, onde também colaboraria seu irmão o poeta Archangelus de Guimaraens , Cruz e Souza e José Severino de Resende. Em 1906, tornou-se Juiz Municipal de Mariana (do de sua esposa Zenaide de Oliveira, com quem teve 15 filhos, dois dos quais também escritores: João Alphonsus e Alphonsus Guimaraens Filho.
Devido ao período que viveu em Mariana, ficou conhecido como "O Solitário de Mariana", apesar de ter vivido lá com a mulher e com seus 15 filhos. O apelido foi dado a ele devido ao estado de isolamento completo em que viveu. Sua vida, nessa época, passou a ser dedicada basicamente às atividades de juiz e à elaboração de sua obra poética.
Principais Obras de Alphonsus Guimaraens: Setenário das Dores de Nossa Senhora, Câmara Ardente, Dona Mística, Kyriale, Mendigos,Ismália".
Grupo Simbolismo'
Autor: Alphonsus de Guimarães
Grupo Simbolismo'