Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.
Olavo Bilac
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Ao/ co-/ ra-/ çao/ que/ so-/fre, / se-/ pa-/ ra (do)
ResponderExcluirDo/ teu,/ no-e/ xí-/ lio-em/ que-a/ cho/ rar/ me/ ve (jo)
Não/ bas-/ ta-o-a/ fe-/to/ sim-/ ples/ e/ sa-/ gra (do)
Com/ que/ das/ des-/ ven-/ tu-/ ras/ me/ pro-/ te (jo)
Todos os versos tem 10 sílabas poéticas. É um Poema/soneto Lírico Parnasiano.
A composição é dividida em duas estrofes de quatro versos.
O número de sílabas poéticas em cada verso é 10 (dez) Decassílabo.